quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

mudas do cerrado

www.mudasdocerrado.com.br Viveiro de árvores nativas do Bioma Cerrado.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ambiente ecologicamente equilibrado e o Novo Código Florestal Brasileiro

Luis Gustavo Maciel

As propostas de mudança na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal Brasileiro - causam intensos debates no Congresso Nacional. As principais controvérsias: manutenção de Reservas Legais (RLs) de 80% no Bioma Amazônico e de 35% no Cerrado presente na Amazônia Legal e a extinção, em todos os Biomas do País, das restrições legais ao uso econômico de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nos topos de morros e às margens dos cursos d’água.

Trata-se de uma disputa histórica. De um lado, ruralistas defendem a diminuição do percentual de RLs. Querem, ainda, modificar-lhes a destinação, o que permitiria o plantio de monoculturas, a exemplo do Dendê. No outro lado, setores do Governo Federal e do movimento ambientalista defendem a aplicação irrestrita do Código Florestal e da Lei de Crimes Ambientais, já regulamentada.

Percebe-se que o enfoque dos atores envolvidos é a efetividade de RLs e APPs. Limitam-se ao aspecto territorial da questão: presença ou não de áreas especialmente protegidas em propriedades privadas ou públicas. Com esse enfoque, pouco se reflete sobre a eficácia desses importantes mecanismos de realização do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (artigo 225, caput, da Constituição do Brasil).

A distinção entre efetividade e eficácia é relevante. Efetividade é a real observância dos percentuais de RLs, além do respeito às metragens fixadas para APPs. Eficácia, no entanto, é aqui entendida como a possibilidade desses percentuais e metragens realizarem as funções socioambientais previstas no Código Florestal em vigor. Vejamos algumas dessas funções. RLs são necessárias ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas. As APPs têm as funções socioambientais de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas.

Não é difícil percebermos o conteúdo semântico dessas funções socioambientais, a motivação do legislador ao estabelecer parâmetros coerentemente recepcionados pelo artigo 225 da Constituição Brasileira. No polêmico debate sobre as reformas do Código Florestal, o desafio consiste em se estabelecer limitações eficazes ao direito de propriedade.

A despeito do embate político-econômico, somente especialistas podem dimensionar essa eficácia. O resultado de pesquisas científicas deve, necessariamente, informar decisões políticas. Isso porque a eficácia está atrelada à realização do mencionado direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, mais complexo que as dicotomias público x privado, cidade x campo, produção x conservação, pequeno x grande produtor rural. Eficácia é um conceito refratário às disposições arbitrárias e exige superarmos o plano da existência, da forma. É necessário ultrapassar a percepção meramente documental de RLs e APPs, para que se alcance o conteúdo e real utilidade desses mecanismos.

Não é tarefa fácil, entretanto. As pesquisas sobre o tema são escassas e não apresentam resultados animadores. Os cientistas, além de condenarem a averbação de RLs em ilhas, circundadas por monoculturas, ou a exploração econômica de matas ciliares e topos de morros (espécies do gênero APP), sugerem que nem mesmo os percentuais e metragens atuais seriam suficientes. Jean Paul Metzger afirma que, em regiões de Mata Atlântica, simulações baseadas na teoria da percolação apontaram que somente a conservação de 59,28% da vegetação original permitiria a determinadas espécies transitarem protegidas. Insuficiente, assim, os atuais 20% de RLs no Bioma. Essa é a resposta a apenas uma pergunta científica, associada a uma das funções das Reservas Legais (abrigo e proteção de fauna nativa).

Outros estudos demonstraram que a proteção de 30 metros ao longo das margens de cursos d’água, APP mais comum no Brasil, não é suficiente para evitar a contaminação da água por agrotóxicos. Nesse contexto, como defender, por exemplo, a constitucionalidade do novo Código Florestal Catarinense? Em março deste ano, a Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina desconsiderou evidências científicas e aprovou a redução dessa espécie de APP para apenas 5 metros nas margens de cursos d’água que tenham até 10 metros de largura. A decisão tem óbvios contornos políticos, sem qualquer parâmetro ou justificativa técnica.
Conclui-se que a discussão limitada à existência, à efetividade de RLs e APPs nos Biomas Brasileiros, pretere a compreensão de seus conteúdos e de suas funções. Não basta debatermos politicamente percentuais e metragens.

Necessitamos admitir a complexidade dos processos produtivos e a diversidade das áreas rurais brasileiras para adequá-las às funções socioambientais da propriedade. A pesquisa científica, proveniente das ciências exatas e humanas, pode delimitar os aspectos positivos do Código Florestal vigente e definir critérios regionais para a manutenção de RLs e APPs. Dessa maneira teremos, num futuro desejado, a eficácia do Código Florestal Brasileiro, grau diferenciado de realização do equilíbrio ambiental e direito de todos.

sábado, 9 de outubro de 2010

local: novos cardápios

No prato, ingredientes orgânicos, sazonais e cultivados nas redondezas - de modo que não sejam transportados por grandes distâncias e emitam gases de efeito estufa. Carne, só de fazendas com rastreabilidade e de peixes que não estejam ameaçados de extinção. Aproveitamento integral dos alimentos para evitar desperdício. Esses são alguns ingredientes da chamada gastronomia sustentável, um movimento que vem crescendo e ganhando adeptos entre chefs no Brasil. A conexão entre comida e seus impactos ambientais está levando os chefs a repensarem seus cardápios. Dentro do programa Gastronomia Responsável, o chef paranaense Celso Freire propôs a cada um dos 15 restaurantes convidados que elaborassem pelo menos um prato seguindo os preceitos da sustentabilidade - OESP, 6/10, Vida, p.A26.

domingo, 26 de setembro de 2010

Avacanoeiros fossem

Pequi em breve. Peixe e beiju, nas luas todas. Cará, inhame. Cauim. Gentes sorrindo e comendo. Nativos. Digerem os séculos, num só jantar.

O mulo

Quem só fala, por mais que diga é esquecido quando cala. Quem escreve, não" Darcy Ribeiro.

Coleta II

caçando um jeito de viver, catando um modo de colher. rosa dos ventos centrais, agrestes, por todo lado, uns. Homenagem sendo. Gerais.

Coleta

Central medicina popular. Do cravim, durão, bugre e caroba. As todas. Medicina do sertão, no tempo, aberta em coisas cerradas.

Estiagem

O estio suga as gentes. ânsias de mênstruo celeste. Vontades de agosto. Chuvai no sertão sem fim.

Sucupira

da sucupira o amargo provei: semente? Mentiria se, mentirinha, provado não tivesse. Árvore linheira ou não, aos pares, ao vento, ao depois.

em tempo

Inverno: secura do solo, crepitar de folhas, rastejar sereno de viventes. Colheita, fim de ciclo. Estio e transformação. Cerradovivo.

Sertão

"Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso..." JGR.

cerrado

Nonada. Declaro meu respeito, carinho e paixão pelas plantas, bichos, causos e pessoas do sertão sem fim. Cerrado brasileiro. Travessia.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

O mulo

"A melhor glória para mim seria sair cavalgando pela eternidade num corpo de ar, sem nem saber que cavalgo. Viajar tropeiro, invisível, numa besta ferrada em estrada de terra fofa depois das primeiras chuvaradas de setembro, sentindo o cheiro do cerrado renascendo em brotos de renovo. Isso, sim, seria um céu barato e bom de Deus me dar. Deus queira". Darci Ribeiro.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

“A morte do riachinho” – Guimarães Rosa

“Porque, dantes, se solambendo por uma grota, um riachinho descia também a encosta, um fluviol, cocegueando de pressas, para ir cair, bem embaixo, no Córrego das Pedras, que acabava no rio de-Janeiro, que mais adiante fazia barra no São Francisco। Dava alegria, a gente ver o regato botar espuma e oferecer suas claras friagens, e a gente pensar no que era o valor daquilo. Um riachinho xexe, puro, ensombrado, determinado no fino, com regojeio e suazinha algazarra – ah, esse não se economizava: de primeira, a água, pra se beber. Então, deduziram de fazer a Casa ali, traçando de se ajustar com a beira dele, num encosto fácil, com piso de lajes, a porta-da-cozinha, a bom de tudo que se carecia. Porém, estrito ao cabo de um ano de lá se estar, e quando menos esperassem, o riachinho cessou. Foi no meio duma noite, indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu, de repente, no coração, o estalo do silenciozinho que ele fez, a pontuda falta da toada, do barulhinho. Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram. Aí, todos se levantaram, caçaram o quintal, saíram com luz, para espiar o que não havia. Foram pela porta-da-cozinha. Manuelzão adiante, os cachorros sempre latindo. –“Ele perdeu o chio...” Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais longe dos silêncios, ele tinha ido s’embora, o riachinho de todos. Chegado na beirada, Manuelzão entrou, ainda molhou os pés, no fresco do lameal. Manuelzão, segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado diferente, ele se debruçou e esclareceu. Ainda viu o derradeiro fiapo d’água escorrer, estilar, cair degrau de altura de palmo e derradeira gota, o bilbo. E o que a tocha na mão de Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa nos olhos. Ainda esperaram ali, sem sensatez; por fim se avistou no céu a estrela- d’alva. O riachinho soluço se estancara, sem resto, e talvez para sempre. Secara-se a lagrimal, sua boquinha serrana. Era como se um menino sozinho tivesse morrido”. [1].
[1] ROSA, João Guimarães. Campo Geral. In Manuelzão e Miguilim. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 155-156.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Nosso Objetivo

Promover e divulgar atividades sustentáveis no Bioma Cerrado.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Picolés de frutas do Cerrado. Alternativa à destruição

Excelente reportagem sobre o trabalho do Seu Clóvis, de Goiânia, que viaja pelo Cerrado Goiano em busca de frutas nativas para confeccionar seus deliciosos picolés. http://www.frutasdocerrado.com.br/historia.htm

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Árvores do Cerrado

No endereço http://eadmelo.sites.uol.com.br/cerrd/lista.htm você encontrará uma lista com espécies de árvores comuns em diversos ecossistemas dos Cerrados. Há também outra lista, de espécies comuns tanto nos Cerrados quanto na Mata Atlântica.

domingo, 10 de junho de 2007

Produção de leite pode salvar o Cerrado

Leia a entrevista realizada com o produtor Jucelino Kubtischek sobre a combinação gado e Cerrado em pé: "É um sistema que consiste em combinar ações gerenciais e de produção de forrageiras para garantir equilíbrio entre demanda e oferta de alimento para o rebanho durante todo o ano".
Acesse: http://portaldoagronegocio.com.br/index.php?p=texto&idT=579

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Pegada Ecológica

Faça o teste de sua pegada ecológica.
Acesse: http://www.myfootprint.org/

quinta-feira, 22 de março de 2007

Quebra da dormência de sementes.

Tratamentos para quebra de dormência das sementes em algumas espécies arbóreas. Consulte em: http://www.ipef.br/tecsementes/dormencia.asp